26 julho 2006

Vida Longa à Cabeça Sem Cérebro

Todos já imaginaram em como seria conversar com o bicho de estimação, com árvores, com o computador, o coração... Enfim, com esse “pessoal” que, achamos nós, teriam algo de interessante a compartilhar. Então vamos logo ao que interessa e imaginar como seria conversar com a parte mais importante do corpo de um homem: o pinto (sim, ele é mais importante que o cérebro – a diferença é que depois de assumir temporariamente o controle de todo o corpo ele dá uma descansada e deixa o cérebro como substituto).
Cada um tem sua própria concepção do que é bom e do que é bonito formada no cérebro, e o pinto é obrigado a concordar. Isso única e exclusivamente porque ele não pode falar e é vítima de nosso egoísmo inesgotável.

“Hm... olha só que beleza, heim, pinto? Novinha, magrinha, tudo no lugar...”
“É. Novinha... Novíssima na verdade. Em outras palavras, provavelmente é bem apertadinha. Passa pra próxima.”
“Apertadinha? Ah, não fala isso, só faz a menina parecer melhor do que já é...”
“Melhor? MELHOR? O que você andou bebendo? Acha que eu gosto de ficar me espremendo por aí? Eu garanto pra você que é muito pior do que qualquer camisa de força idiota!”
“Ah, qual é! Vai dizer que você prefere o contrário?”

Da mesma forma, todos temos nossas próprias concepções do que é feio ou ruim – na verdades, sabemos muito mais sobre que não gostamos do que sobre o que achamos bom...

“Claro que prefiro o contrário! Você que fica só aproveitando o que ta por fora...”
“Ok, então o que você sugere, ó poderoso pinto?”
“Vejamos... Que tal aquela ali mais à frente?”
“Mais à frente... AQUELA ALI?”
“Claro.”
“Ela deve ter mais de 60 anos!”
“Eu sei. Não é ótimo?”
“Não, é bem diferente de ótimo...”
“Pare e pense: você prefere que eu me esprema como se quisesse limpar uma mangueira por dentro ou prefere que seu melhor amigo tenha um tempo só dele entre fofas e gostosas almofadas de várias camadas?”
“Tá maluco? Você nem vai chegar a ficar acordado! Por acaso já viu aquelas rugas?”
“Claro que vi! Não é ótimo? Vai ser como dormir envolto por vários cobertores ao mesmo tempo...”

E o conflito pode se expandir. Gostos diferentes são só um detalhe. Um pinto com cérebro poderia ter, por exemplo... Complexos?

“Não deixa ela me ver!!!”
“Calma Pafûncio! Nenhuma mulher acha estranho olhar para um pinto nessas horas...”
“Não interessa, não deixa ela me ver!!!”
“Para com essa bobeira! Até parece que não gosta...”
“Não é esse o caso! É que você não tem que deixar ela me ver e pronto!”
“Você já é um problema pra mim. Por causa de você eu custo a chegar tão longe. E você ainda fica com essas besteiras de vergonha de tamanho? Quer saber, nem se ela quisesse ela veria algo desse tamanho!”

Mas, da mesma forma que criança pequena, uma conversa manipuladora resolveria o caso. Agora, se o outro lado resolvesse partir pra pirraça...

“Levanta desgraçado!”
“Não.”
“Levanta!!!”
“Não.”
“Olha só: eu nunca vou ter uma chance dessas novamente. Por favor, você poderia levantar?”
“Hm... Não! A não ser que você me dê aquele presente”
“Mas eu não posso...”
“Ou isso ou eu continuo tentando tirar um cochilo”
“Ta bom, ta bom, eu compro a droga da cueca de seda! Mas vai ter que deixar eu voltar a usar calça jeans!”
“Voltar a usar jeans? Bem, nesse caso eu volto a dormir...”
“Filho da...!!!!!”

Resumindo: pinto bom é pinto burro. E as mulheres que aprendam que o fato de pensarmos com apenas uma cabeça de cada vez é uma GRANDE vantagem!

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Muito boa, mas ainda prefiro a melhor invenção do homem ^^

15:17  

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